Do mel vêm-me os
ramalhetes do lameiro com ares de mundo antigo. As vacas iam para a eira
cansadas com os seus carros e o chio rasgava o tempo e a paisagem, e agora a
lembrança. Eram dias doutro império. Ehhhh
boi ehhhhh!, dizia-se com o pau a tocar o jugo, e o carro ia com a lentidão
das rodas cantadeiras, alinhavando os trabalhos do futuro. Ouviam-se os
insectos e ainda os ferreiros. O mel faziam-no as abelhas. Sim, eram as
abelhas. Agora, vão desaparecendo. Se as abelhas desaparecerem que será do
mundo?
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