Se as coisas não fossem assim, seriam assado. É uma lei para
as coisas. Os Outonos carregam-se de frutos e possibilidades e há quem encontre
na música, num quarteto de Haydn, por exemplo, um abrigo para os dias menos
macios. Quem diz Haydn diz a música dos mestres. Pode ser que um verso sem método,
ainda com o aroma verde de um ouriço de castanha que se abre, escorregue do
coração aos lábios e ali fique, tal qual um som, à espera de alguém ou de um pássaro.
Depois, será Inverno.
Imagem: Natureza-morta, Michelangelo Caravaggio
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