quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

sem título


Os dias crescem por aqui e nem o Códice de Dresden - que ainda assegura a clarividência Maia no quase nada que escapou à violência dos conquistadores espanhóis nos idos de quinhentos - atrofia a luz que virá com o seu riso e borboletas. Parece que os hieróglifos maias sugerem uma interrupção nas civilizações no solstício de inverno de 2012. Uma crença na perturbação gerada pelos alinhamentos cósmicos, mais a intensidade solar - garantida pela astronomia - são os motivos de força maior. Melancholia de Lars von Trier anda perto do sentimento da derrocada, querendo antecipar no cinema a experiência da dissolução. Que o mundo anda com os nervos à flor da pele isso parece ser o facto, embora haja lugares e gente com os corações tranquilos. Que interessa aos mercados financeiros, aos especuladores da bolsa, o sono dos faraós ou a dança dos pirilampos?


Imagem: Calendário Maia; Kirsten Dunst em “Melancholia, de Lars von Trier

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