Algumas vezes é a sombra que entontece no bailarico. Desviamos o pulsar das pálpebras e chega-nos um sopro de luz. A claridade toma conta de nós e dos fios do bosque. O caminho vai sendo a reza entre o calor, com o fresco, e a festa, e estão anunciados os musgos lá mais para diante quando as nuvens forem rasteiras. Para já, não. Para já, os ribeiros ainda brilham com os insectos, as bandas tocam as suas marchas de verão e a gente baila.
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Imagem: O Baile, de Paula Rego
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