Não se aborrecem com a tinta. Num golpe são o instrumento e entram na glória de ser quase o princípio do verso ou da pintura. Efémeros como tudo, guardam-se em cada estação, escondendo-se do que foram capazes de realizar. Há quem os veja num sonho de verão ou no deslizar das neves. Estão sempre a tocar o ar e com o tempo tornam-se frutos, frutos maduros, dióspiros. Os dedos.
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Imagem: Pintura com tinta Sumi
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